O principal idealizador e um dos fundadores da Academia Piauiense de Letras (APL)
"[..] Machado muito viveu, muito produziu, imortalizou-se; Lucídio pouco viveu, pouco produziu, imortalizou-se." (REIS, 2018, p.37)
Filho de Clodoaldo Severo Conrado Freitas e Corina Freitas, Lucídio Freitas nasceu em Teresina, capital do Piauí, no dia 5 de Abril de 1894. Orientado pelo Pai, já escritor na época, escreveu os primeiros poemas na adolescência. Ele, ainda jovem, casou-se com a paraense Maria Oceanira Amazonas de Figueiredo.
Estudou no Liceu Piauiense onde concluiu os preparatórios e, aos 18 anos, juntamente com seu irmão Alcides Freitas, ingressou como escritor com o livro Alexandrinos que consiste em uma coletânea de versos. O livro foi elogiado e bem recebido pela crítica literária.
Já interessado pela literatura, Lucídio preocupou-se com a preservação da memória cultural piauiense e, no mesmo ano em que lançara o livro, organizou e distribuiu alguns questionários aos letrados que frequentavam sua casa - pois era um dos pontos de encontro da intelectualidade piauiense - com o objetivo de definir quem era e quais foram os principais intelectuais do Estado e avaliar o movimento literário local, bem como as possibilidades vistas para o futuro.
Em 1914, matriculou-se na Faculdade de Direito, em Recife, e mais tarde mudou-se para o Rio de Janeiro onde participava da vida literária e, em 1916, concluiu o curso de direito. Sua intensa atividade profissional, após a formatura, se deu na cidade de Belém onde atuou com destaque na imprensa local e publicou seu segundo livro: Vida Obscura (1917). Com esse livro de poesia, Lucídio Freitas foi consagrado pela crítica especializada como um dos maiores líricos da poesia piauiense, com versos sonoros rítmicos e perfeitos. Além de um ótimo escritor, Lucídio Freitas também foi nomeado Juiz substituto da 4ª Vara Criminal de Belém.
Dessarte, mesmo tão jovem, já tinha um nome consolidado no Pará: poeta, jornalista, juiz e professor.
Infelizmente, em 1917, apareceram os sintomas da tuberculose que levou Lucídio Freitas a se mudar para Teresina almejando repouso por alguns dias. No entanto, devido a vida literária, não pode repousar completamente. Nesse tempo, por inúmeras vezes, reuniu-se com os intelectuais piauiense e, no dia 31 de dezembro, dirigiu a reunião que fundou a Academia Piauiense de Letras - APL.
Lucídio Freitas faleceu em Teresina no dia 14 de Maio de 1922, com apenas 28 anos de idade. Seu último livro Minha terra foi publicado pouco antes de sua morte. Ele ocupou a Cadeira n.º 9 na Academia Piauiense de Letras, tendo seu falecido irmão Alcides Freitas como patrono. Mais tarde Lucídio Freitas foi escolhido como patrono da Cadeira n.º 23.
Referências
BEZERRA, Roger. Lucídio Freitas, 31 de jan. de 2018. Disponível em:https://www.academiapiauiensedeletras.org.br/lucidio-freitas22/. Acesso em: 21 de Maio de 2020.
REIS, Maria Gomes Figueiredo. Lucídio Freitas - sua vida/sua obra, 12 de Abril de 2018. Disponível em: https://www.academiapiauiensedeletras.org.br/lucidio-freitas/. Acesso em: 21 de Maio de 2020.
REIS, Maria Gomes Figueiredo. Lucídio Freitas - sua vida/sua obra, 12 de Abril de 2018. Disponível em: https://www.academiapiauiensedeletras.org.br/lucidio-freitas/. Acesso em: 21 de Maio de 2020.
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